Sociedade Esportiva Palmeiras (Palmeiras, como é conhecido popularmente) é um clube poliesportivo brasileiro sediado em São Paulo que tem como modalidade esportiva principal o futebol, figurando entre as equipes mais vencedoras e com maiores torcida do País. As cores oficiais do clube são o verde e branco. O vermelho, presente desde sua fundação, foi excluído durante a Segunda Guerra Mundial, por pressão do governo nacional, na mesma reunião que formalizou a mudança de nome de Palestra Itália para Palmeiras.
O Palmeiras é a equipe brasileira com a maior quantidade de títulos nacionais obtidos, sendo o único a vencer todas as competições oficiais disputadas e criadas no Brasil, inicialmente pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e, a partir da década de 1970, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). São 17 conquistas, com destaque para seus 12 títulos nacionais do Campeonato Brasileiro (recorde atual), 4 Copas do Brasil e 1 Supercopa do Brasil. O time também faz parte do seleto grupo de clubes brasileiros que conquistaram três títulos da Libertadores, sendo o time nacional que participou mais vezes da competição continental.
No seu estado, o Palmeiras soma 26 conquistas do Campeonato Paulista, alcançando em 1996 a melhor campanha na era profissional deste campeonato, obtendo 83 pontos ganhos em 90 possíveis, aproveitamento de 92,2%, com 102 gols marcados em 30 jogos realizados. Desde então, esta marca jamais foi alcançada por outro clube novamente.
No mais recente Ranking Nacional de Clubes da CBF, que leva em conta o comportamento das equipes nas últimas cinco temporadas de 2021, o Palmeiras é o segundo colocado, com 16.710 pontos.
No dia 11 de outubro de 2005, foi sancionada na capital São Paulo a Lei n.º 14.060, definindo o dia 20 de setembro como o "Dia da Sociedade Esportiva Palmeiras", lembrado anualmente na capital paulista, já que agora integra o Calendário Oficial do Município.
Atualmente, o Palmeiras é um dos clubes com maior número de sócios do Brasil, tendo em seu quadro de associados mais de 150.000 adeptos (números retirados do site oficial).
Torcida[]
A torcida do Palmeiras é uma das maiores torcidas do país, sendo a quarta torcida de maior número do Brasil. Segundo o IBGE, o verdão possui aproximadamente 13 milhões de torcedores espalhados pelos estados brasileiros. A torcida alviverde é conhecida por grandes momentos protagonizados pela festa contagiante nas arquibancadas, tendo a alcunha de "torcida que canta e vibra" no hino do clube.

Bandeirão da Mancha Alviverde no Allianz Parque.
Torcidas organizadas[]
As principais torcidas organizadas do Palmeiras são: Mancha Alviverde (conhecida como Mancha Verde), Torcida Uniformizada do Palmeiras (TUP), Savóia e Pork's Alviverde.
Fundada em 11 de janeiro de 1983, a Mancha Verde foi resultado da fusão de três antigas torcidas organizadas (Império Verde, Inferno Verde e Gremio Alviverde). Na época, sentia-se a necessidade de resgatar o respeito à torcida do Palmeiras, era necessário a existência de uma representação nova e sólida da torcida alviverde. O nome "Mancha Verde" composto na época de sua fundação, é baseado em um personagem das revistas de quadrinhos. O personagem passava uma imagem de irrelevância e rebeldia, fatores cruciais na escolha do símbolo. O objetivo da Mancha Alviverde é levar os torcedores mais fanáticos aos estádios, mostrando todo o seu amor e incentivo ao Palmeiras.
Estrutura[]
Atualmente, o Palmeiras se destaca por ter uma ótima estrutura. A Academia de Futebol é situada na Zona Oeste de São Paulo, em uma região bem próxima à sede social do Palmeiras. O espaço conta com o Complexo Técnico Patrono Luigi Cervo e o Centro Crefisa Capitão Adalberto Mendes, além dos prédios que abrigam a Presidência, a Vice-Presidência, a Comunicação, o Marketing, o Transporte, a Manutenção e outras áreas de serviço.
Estádios[]

Vista aérea do Allianz Parque.
O estádio do Palmeiras é o Allianz Parque, uma das arenas mais modernas da américa do sul. Reformado em 2014, o velho Parque Antártica foi palco de muitas glórias alviverdes. Adquirido em 1920 pelo Palestra Itália, o antigo terreno da Antarctica se tornou a casa do time desde então. O estádio conta com 42.000 lugares cobertos, possuindo também 160 camarotes e estacionamento para mais de 2.000 veículos. Além de ser palco dos jogos, a arena também recebe grandes shows, lançamento de produtos, palestras, casamentos e outros eventos.
Símbolos, Cores e Marcas[]
Escudos[]
O Palmeiras já teve diversos símbolos e escudos ao longo de sua história. O primeiro distintivo institucional da história do clube já tinha uma certa semelhança com o que viria mais tarde. Na circunferência menor do escudo, de fundo branco, havia um contorno preenchido na cor verde com o “P” e o “I” juntas. Acima, a inscrição “Palestra” em amarelo. Na circunferência maior, de fundo vermelho, a inscrição “Italia” em amarelo. Nas camisas do Palestra, já estiveram presentes também escudos com a Cruz de Savóia, símbolo da Casa Real Italiana.

Evolução dos escudos do Palmeiras.
Antes de se tornar Palmeiras, o clube ainda teve um escudo com o nome de "Palestra de São Paulo" que era semelhante ao primeiro escudo do time. O centro da circunferência menor foi descolocado para baixo, com o contorno preenchido de verde com o “P” inserido em amarelo e, fora do contorno, a inscrição “De S. Paulo” também em amarelo. Na circunferência maior, de fundo verde, haviam estrelas em amarelo e a inscrição “Palestra” na mesma cor.
Em 1942, o símbolo que conhecemos hoje foi adotado. O escudo ainda passou por modernizações ao longo dos anos, se tornando no que conhecemos hoje. Na circunferência menor, de fundo branco, o contorno preenchido por 26 linhas alusivas ao dia de fundação do clube e com o tradicional “P” inserido ao meio. Na circunferência maior, de fundo verde, apareceu a inscrição “Palmeiras” em branco e, também em branco, oito estrelas, que fazem referência ao mês de fundação do Palestra.
Mascotes[]

Periquito e Porco, mascotes do Palmeiras.
Periquito - O Periquito foi o primeiro mascote oficial do Palmeiras, adotado em 1917 pelos torcedores do Palestra Itália. Popularizado quando o time passou a se vestir totalmente de verde, o apelido também se origina no fato de que existiam muitas aves da espécie nos bosques do Parque Antarctica. Na Segunda Guerra Mundial, o mascote ganhou força entre os torcedores e a imprensa esportiva da época por ser um símbolo brasileiro.
Porco (Gobbato) - Depois de 30 anos da adoção do porco pelas arquibancadas alviverdes, o Porco foi oficializado como mascote do Palmeiras em 2016. O nome (Gobbato) faz referência a João Roberto Gobbato, diretor de marketing que era favorável à adoção definitiva do apelido em 1986.
A origem do mascote remete à forma pejorativa pela qual os palestrinos eram chamados pelos rivais. Na Segunda Guerra Mundial, os italianos eram chamados, dentre tantas ofensas, de "porcos traidores" pelos brasileiros. Anos depois, o apelido foi ressuscitado por um triste acontecimento: Em 1969, um acidente de carro tirou a vida de dois jogadores do Corinthians. O representante do Palmeiras na época, José Gimenez Lopes, foi o único que votou contra a inscrição de novos jogadores ao rival, o que causou revolta dos representantes do clube alvinegro, que insultaram o representante palmeirense alegando "Espírito de Porco" por parte de sua decisão. A partir dali, o Palmeiras iria voltar a sofrer com esse apelido por mais duas décadas.
Após tanto tempo sofrendo com o apelido, a torcida decidiu adotar o mascote durante uma partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 1986. Pouco tempo depois, naquele mesmo ano, a Revista Placar “oficializou” o mascote da torcida ao estampar em sua capa o meia Jorginho Putinatti, símbolo daquela geração, segurando um pequeno porco no colo.
História[]
Fundação (1914-1916)[]
No início do século XX, o imigrante italiano Luigi Cervo queria fundar na capital paulista um clube que reunisse todos os italianos e seus descendentes. Outros três amigos de Luigi, o jornalista Vicenzo Ragognetti, o sindicalista Ezechiele Simoni e Emanuele Marzo gostaram da idéia e logo trataram de como tornar este sonho realidade. Aproveitando o bom momento proporcinado pelas excursões de times italianos na cidade, Ragognetti publica uma carta em forma de anúncio no jornal "A Fanfulla" e nela pede que os italianos se unam com a intenção de criar um clube, da mesma forma como as comunidades inglesas e alemãs já tinham feito.
Assim a história da Sociedade Esportiva Palmeiras (Palestra Itália) se inicia no dia 26 de agosto de 1914, quando, na presença de 46 operários das indústrias locais, o clube é fundado na cidade de São Paulo.
A primeira partida do time aconteceu alguns meses após sua fundação, em 24 de janeiro de 1915, contra o Savóia, do atual município de Votorantim (à época distrito de Sorocaba). Vitória palestrina por 2 a 0, dois gols de pênalti. O primeiro cobrado por Bianco, o autor do primeiro gol da história do Palestra - E o segundo, cobrado por Alegretti.
Na mesma época, o Palestra Itália decidiu que não seria um time várzeano. No final de 1915, os proprietários do Campo do Velodromo desativaram a área onde as partidas aconteciam. Luigi Cervo logo tratou de mover as arquibancadas do Velodromo para outro campo. Com os requisitos necessários, o Palestra é aceito pela elite paulistana da época e joga o Campeonato Paulista de 1916.

Torcida palestrina assistindo à um jogo, em 1920.
Mesmo sendo qualificado à jogar o campeonato, o Palestra começou a sofrer com o menosprezo da imprensa paulista. A multidão que acompanhava os jogos da equipe palestrina incomodava os jornalistas da época, que refletiam o preconceito contra os imigrantes em seus textos. Quando a imprensa tratava de clubes da elite como o Paulistano, existia uma deferência aos jogadores do time, ao contrário do Palestra, que de acordo com os mesmos era o clube dos "italianos carcamanos" dentre tantos apelidos desrespeitosos.
Os primeiros confrontos entre Palestra Itália e Corinthians (Derby Paulista)[]
Na 3° rodada do Campeonato Paulista de 1917, os dois times se enfrentaram pela primeira vez. O novato Palestra, de forma corajosa, derrotou o poderoso Corinthians por um placar de 3 a 0. Todos os gols foram de Caetano com assistências de Del Ministro. Assim se iniciou a maior rivalidade do futebol paulista, com vitória palestrina. No segundo turno do campeonato, o Palmeiras repetiu o feito, derrotou o Corinthians em mais uma oportunidade, dessa vez por um placar de 3 a 1.

Time palestrino campeão paulista de 1920.
Primeiro título do Campeonato Paulista (1920)[]

Parque Antarctica (1921)
Em 1920, apenas 6 anos após sua fundação, o Palestra Itália conquistou seu primeiro título do Campeonato Paulista, derrotando o forte time do Paulistano. Triunfo palestrino por 2 a 1, com gols de Forte e Martinelli. O primeiro título provoca uma extensa discussão entre a diretoria, já que um time campeão como o Palestra precisava de um estádio para chamar de seu. No mesmo ano, o clube efetua a compra do campo de futebol e de grande parte do terreno do Parque da Antarctica pelo valor de 500 contos de réis, uma fortuna à época. O Palestra finalmente se tornou o dono do Parque Antarctica. No mês seguinte, já como proprietário do estádio, o Palestra Itália goleou o Mackenzie por um placar elástico de 7 a 0. Em agosto, o time conquistou a maior goleada de sua história em partidas oficiais: 11 a 0 sobre o Internacional-SP, marca que não foi superada até hoje.
Décadas gloriosas do Palestra Itália[]
Na última metade da década de '20, o Palestra conquistou os títulos paulistas de 1926 e 1927 (o primeiro bi-campeonato consecutivo do time). A década de '30 trouxe mais títulos paulistas (1933, 1934 e 1936). O Palestra Itália vivia anos vitoriosos e se consagrava como um grande time.
Palestra Itália 8x0 Corinthians (1933)[]

Time palestrino que goleou o Corinthians em 1933.
No Campeonato Paulista de 1933, o Palestra reservou mais uma surpresa amarga ao seu rival, mas inesquecível aos palmeirenses. Os palestrinos sacudiram o time alvinegro por um placar impiedoso de 8 a 0. Gols marcados por Romeu Pelliciari (4 gols), Gabardo (1 gol) e Imparato (3 gols). Mais uma vez o Palestra ostentava sua fibra e mostrava sua força.
O sucesso é tanto, que nas ruas de São Paulo os torcedores consagram uma expressão: "Isso é canja para o Palestra!"
Arrancada Heroica (1942)[]
Em 1940, a equipe conquistaria o seu último título com o nome de "Palestra Itália" e seu tradicional escudo. A Segunda Guerra Mundial iria afetar de forma desastrosa a vida dos palestrinos. Com o Brasil se unindo as Forças Aliadas que lutavam contra o Eixo (Formado por Alemanha, Japão e Itália), o governo brasileiro determinou o fechamento de todas as agremiações que fizessem algum tipo de referência aos países inimigos. Em abril de 1942, milhares de pessoas que faziam parte da comunidade italiana da cidade presenciaram a morte do Palestra Itália. Todos os dirigentes italianos são obrigados a deixarem seus cargos no clube. O novo nome do clube passou a ser "Sociedade Palestra de São Paulo", mas isso não foi suficiente para deixar os nacionalistas satisfeitos (muitos deles nem ao menos sabiam que a palavra "palestra" tinha origem grega).

Estátua de Adalberto Mendes.
Entre os que insistiam em mais uma mudança no nome do time, estava o militar Sylvio Magalhães Padilha, que mais tarde seria presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. Nessa época, chegou em São Paulo o coronel de exército, Adalberto Mendes. Ele achou a campanha contra o Palestra absurda, e partiu em defesa do time, mas pouco adiantou. Em setembro, Padilha exigiu definitivamente a mudança do nome. A diretoria se reúne na data histórica de 20 de setembro para cumprir o pedido das autoridades. Assim, o Palestra se tornou "Sociedade Esportiva Palmeiras" em uma noite de sexta-feira. No domingo, o Palestra (Palmeiras) faria um jogo decisivo contra o São Paulo. Com novo nome e uniforme, o Palmeiras entra em campo liderado pelo coronel Adalberto carregando a bandeira brasileira.
O time venceu o São Paulo por 3 a 1 e conquistou mais um título paulista. Os jogadores são-paulinos deixaram a partida antes mesmo de que o jogo terminasse. O Palestra morreu invicto, e o Palmeiras nasceu campeão.
O Choque-Rei (Palmeiras X São Paulo)[]
Na década de '40, o futebol da cidade se dividiu entre palmeirenses e são-paulinos. O Corinthians, que havia sido campeão em 1941, passava por um momento delicado, e amargou 10 anos de fila. O Palmeiras, mesmo tendo um bom time, acabou perdendo o título paulista de 1943 para o São Paulo.

Oberdan Cattani, um dos maiores goleiros da história do Palmeiras.
O Palmeiras volta a ganhar o título no ano seguinte, contando com grandes jogadores, como Oberdan Cattani. Uma rivalidade entre as duas equipes crescia cada vez mais. O time tricolor reage, e fatura os títulos de 1945 e 1946. O time do Morumbi quase conquistou o tricampeonato consecutivo, mas o Palmeiras impediu.
Os são-paulinos eram insistentes, e faturaram outro bicampeonato consecutivo em 1948 e 1949. Outra vez, o tricolor fica muito perto do tri, e o Palmeiras acaba com o sonho do time mais uma vez.
Uma conhecida frase de Oberdan, representa com exatidão o sentimento da rivalidade:
“ | O Corinthians é rival.
São Paulo é inimigo! |
” |
— Oberdan Cattani, ídolo palmeirense. |
As Cinco Coroas[]
1950 e 1951 são anos brilhantes para os palmeirenses. Nesse período, o time atropelou seus adversários mais difíceis, e faturou todos os títulos das competições que participou. O Palmeiras conquistou cinco campeonatos oficiais de maneira consecutiva, entre eles estão: Taça da Cidade de São Paulo (2), Campeonato Paulista, Torneio Rio-São Paulo e o Torneio Internacional de Clubes Campeões (Copa Rio), considerado pelo próprio clube como um Campeonato Mundial de Clubes.
Torneio Internacional de Clubes Campeões (Copa Rio de 1951)[]

Time do Palmeiras em 1951.
Após o fracasso do Brasil na Copa do Mundo de 1950, o ânimo dos torcedores brasileiros estava baixo. A CBD, com aprovação do então presidente da FIFA, Jules Rimet, decidiu organizar um torneio intercontinental, trazendo clubes representantes dos seis países mais bem ranqueados da Copa (Incluíndo os campeões de São Paulo e do Rio de Janeiro). Alguns clubes europeus não conseguiram participar da competição. No total, 8 dos maiores clubes do mundo da época foram convidados a jogar o torneio. Os times foram divididos em 2 grupos:
- Grupo Rio de Janeiro - Vasco da Gama (Campeão carioca de 1950), Sporting (Campeão português de 1950-51), Áustria Viena (Campeão austríaco de 1949-50 e 3° colocado de 1950-51) e Nacional (Campeão uruguaio de 1950).
- Grupo São Paulo - Palmeiras (Campeão paulista de 1950), Juventus (Campeão italiano de 1949-50 e 3° colocado em 1950-51), Estrela Vermelha (Campeão iugoslavo de 1950-51) e Nice (Campeão francês de 1950-51).

Taça da Copa Rio de 1951
Os dois primeiros colocados de cada grupo (Vasco e Áustria Viena - Palmeiras e Juventus) se classificaram para as semi-finais da competição. O Palmeiras elimina o Vasco, enquanto a Juventus derrota o Áustria Viena. Assim, Palmeiras e Juventus chegaram a decisão do torneio que aconteceu em dois jogos (âmbos no Estádio do Maracanã). Na primeira partida, Rodrigues marca de cabeça e garante a vitória alviverde por 1 a 0. Na segunda partida, mesmo jogando por um empate, o Verdão teria que se superar para chegar a 5° Coroa e, ao mesmo tempo, se consagrar como campeão intercontinental. Os italianos saíram na frente na primeira etapa, mas no segundo tempo, Rodrigues empata o jogo para o Palmeiras. A Juventus volta a ganhar após mais um gol, e no final da partida, Liminha, de forma heroíca, marca o gol do título palmeirense. Agora, eram cinco títulos que coroavam aquele time alviverde.
A Copa Rio é celebrada até hoje pelos palmeirenses como um título mundial.
“ | Sem dúvidas uma das maiores partidas de futebol. Uma das partidas de maior emoção em toda nossa vida! E este grande público, espera ansioso o Palmeiras fazer a volta olímpica no gramado, para aplaudi-lo, para consagrá-lo como merece. | ” |
— Narrador da rádio Continental, Oduvaldo Cozzi, após o título do Palmeiras sobre a Juventus em 1951. |
Década de '50[]
Apesar de contar com grandes craques no time, o Palmeiras passou quase que o resto da década de '50 sem conquistar um título paulista. O time chegou perto de acabar com a seca em 1954, porém perde o título para o seu maior rival. Em 1959, o Verdão voltou a ganhar o título regional, contra um forte time do Santos que já contava com jogadores como Coutinho, Pepe e Pelé. E é justamente contra este poderoso time que o Palmeiras encerra o jejum de 7 anos. Ali nascia a Academia de Futebol, grande equipe do time alviverde.
A Primeira Academia de Futebol do Palmeiras (1961 - 1970)[]

Ademir da Guia, o maior jogador da história do Palmeiras.
O termo "Academia de Futebol" foi uma alcunha concedida pela imprensa e pelos torcedores aos poderosos times do Palmeiras da década de '60, em virtude do belo futebol que o Verdão apresentava. Em 1960, o Palmeiras conquistou seu primeiro título nacional, a Taça Brasil, derrotando na final o Fortaleza por uma goleada de 8 a 2. A fase da Academia é sem dúvidas a melhor fase da história do time. Em 1963, o time é comandado em campo pelo grande Ademir da Guia, filho de Domingos da Guia. Ao seu lado, ótimos jogadores também honraram a camisa verde. Na lateral-direita, o Palmeiras tinha grandes nomes como Djalma Santos (Bicampeão mundial com a seleção brasileira). O ataque ganhou a habilidade de Vavá, o "Peito de Aço" como era apelidado. Com um time forte como este, foi possível conquistar o Campeonato Paulista de 1963, mais uma vez derrotando o Santos de Pelé na final.
O Palmeiras representa a Seleção Brasileira (1965)[]
No dia 7 de setembro de 1965, poucos dias após a inauguração do Mineirão, o time do Palmeiras era tão respeitado, que a CBF permitiu que a equipe entrasse em campo para enfrentar a seleção do Uruguai vestindo a icônica camisa amarela. O Palmeiras honrou a tradição brasileira e venceu os uruguaios por 3 a 0, com gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano.
O tetracampeonato nacional (1967 - 1969)[]
Em 1967, o Palmeiras conquistou os títulos nacionais da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Pelo Roberto Gomes Pedrosa, o Palmeiras fica em primeiro lugar no quadrangular final e fica com mais um título. Pela Taça Brasil, o Verdão derrota o Naútico, com final disputada em 3 jogos. Era o terceiro título brasileiro do time, que mais tarde, iria se tornar o maior campeão nacional. Dois anos após as conquistas, o Palmeiras levantou mais um Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1969.
A Segunda Academia de Futebol do Palmeiras (1971 - 1980)[]

Oswaldo Brandão, treinador do Palmeiras durante 1971 e 1975 (Segunda Academia).
O grande time da Primeira Academia precisava de uma reformulação. Novos reforços se uniram aos experientes Dudu e Ademir da Guia na formação da Segunda Academia. Em 1972, já sob o comando de Oswaldo Brandão (treinador do time campeão dos Campeonatos Paulistas de 1947 e 1949 e Taça do Brasil de 1960), o Palmeiras foi campeão do Campeonato Brasileiro após empatar com o Botafogo (o Verdão foi campeão por ter somado mais pontos durante o torneio). Em 1973, demonstrando enorme superioridade sobre seus rivais, o Palmeiras ficou em primeiro lugar no quadrangular final e foi campeão brasileiro mais uma vez.
O início do jejum[]
O último título do Palmeiras antes do jejum foi o Campeonato Paulista de 1976. Com recorde de público (40.283 pagantes), o Verdão derrotou o XV de Piracicaba.
Após tantas glórias na primeira metade da década de '70, o clube iria amargar 17 anos de fila. Nesse período, passaram pelo Parque Antártica milhares de técnicos e jogadores, e em algumas vezes o time chegou perto de acabar com a seca, mas infelizmente nenhum deles conseguiram alcançar o objetivo. Foi assim em 1978, quando o Palmeiras acabou perdendo o título brasileiro para o Guarani, em Campinas. A tragédia se repetiu mais uma vez na triste derrota do time alviverde contra o XV de Jaú por 3 a 2, em 1985.
A maldição já durava muitos anos, e quando a torcida mais tinha esperanças de voltar a conquistar um título, o time acabou perdendo mais um estadual em 1986, dessa vez contra a Inter de Limeira. Em 1989, o time comandado por Leão tropeçou contra o Bragantino.
Década de '90[]
A década de '90 começou, e o Palmeiras ainda passava por momentos díficeis. A torcida ficava cada vez mais explosiva ao longo dos anos, a cobrança era muito forte. Parecia que nada poderia terminar com as crises e o jejum, mas a solução chegou de forma brilhante. A parceria com a múltinacional Parmalat. A empresa estava investindo pesado no futebol em diversos países, e o Palmeiras foi o escolhido no Brasil. O time passou a ter craques de peso e voltou a brigar por títulos. Jogadores como Zinho, Antônio Carlos, Roberto Carlos e Edmundo chegaram ao Verdão nesse período. Edmundo, o "Animal" (como era chamado pela torcida), logo ganha destaque no time com seu bom futebol. Mesmo sendo adorado pela torcida, o temperamento forte de Edmundo passou a ser um problema não só para seus adversários, mas também para o time do Palmeiras. O time do Verdão era um verdadeiro desafio, e o técnico que iria assumir a responsabilidade era Vanderlei Luxemburgo, que já tinha um plano de colocar ordem na casa.
Fim do Jejum (1993)[]

Evair, após marcar o gol que deu o título paulista de 1993 ao Palmeiras.
No Campeonato Paulista de 1993, o Palmeiras tinha uma oportunidade de ouro para acabar com o jejum de títulos. Venceu o segundo turno do torneio e foi as finais contra o seu rival, Corinthians. No primeiro jogo, derrota por 1 a 0 junto a humilhação de ver Viola imitar um porco após marcar o gol. Com o resultado negativo no primeiro jogo, o Palmeiras teria que ganhar na segunda partida. É uma decisão nervosa e muito díficil, Zinho abriu o placar aos 37' da 1° etapa. No segundo tempo, Evaír e Edilson também deixaram o seus gols, e acabam com as esperanças do rival. Na prorrogação, o Palmeiras jogava por um simples empate, mas o alviverde não deixa barato. Aos 9 minutos, Edmundo sofre pênalti que é logo cobrado por Evaír, é o quarto gol do Palmeiras. Fim do jejum palmeirense, conquistando o título paulista em pleno dia dos namorados. A data de 12 de junho de 1993 é recordada até hoje pelos torcedores como um dia glorioso.
O prazer de vencer o Corinthians em uma decisão iria se repetir dois meses depois, na final do Torneio Rio-São Paulo. O Palmeiras derrota o rival por 2 a 0 no primeiro jogo da decisão com dois gols de Edmundo, e empata a segunda partida sem gols. O Palmeiras era campeão pela segunda vez no mesmo ano.
A Tríplice Coroa de '93[]

Edmundo "O Animal"
Os dois títulos, porém, ainda não eram suficientes para satisfazer uma torcida que ficou quase que 17 anos sem títulos. Assim, o Palmeiras se prepara para a disputa do Campeonato Brasileiro, título que o Verdão não ganhava a quase 20 anos. Sua campanha na competição é quase que perfeita, com 16 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas. Para a alegria da torcida palmeirense, antes de se classificar para a decisão do título, o Palmeiras deixou para trás o poderoso São Paulo de Telê Santana. Na final, o Palmeiras iria enfrentar o Vitória, grande surpresa do Brasileirão daquele ano. Logo na primeira partida da decisão, o alviverde espanta a zebra do campeonato e vence a equipe baiana dentro da Fonte Nova, em Salvador. No jogo de volta, o Palmeiras entra com a taça na mão, com um empate sendo suficiente.
Mas, o time queria um bom resultado. Logo no início, Evaír marca o primeiro. Aos 23 minutos, Edmundo marca o segundo.
O Palmeiras finalmente levanta a taça que buscava vencer de novo a mais de 20 anos. Na mesma temporada, o time conseguiu alcançar a façanha da Triplice Coroa.
O Brasil é verde 8 vezes (1994)[]

Time palmeirense campeão brasileiro de 1994.
Em 1994, o time já começou a temporada com o pé direito faturando mais um título paulista. No Brasileirão, o Palmeiras tem mais uma ótima campanha, e chega a final contra o seu maior rival, Corinthians. O verdão tinha um time melhor, mas uma final de campeonato nacional contra o maior rival poderia guardar surpresas inesperadas, por isso, não se podia desprezar um adversário tão poderoso. O Palmeiras toma todas as preocauções e vence a primeira partida por 3 a 1, com dois gols de Rivaldo e mais um de Edmundo. No [1]segundo jogo, Marques assusta os palmeirenses abrindo o placar, mas na segunda etapa Rivaldo empata o jogo para o alviverde e o Brasil é pintado de verde pela 8° vez.
Mudanças no time do Palmeiras (1995 - 1996)[]

Vandelrei Luxemburgo (Luxa), em 1994.
O ano de 1995 é marcado por saídas de jogadores importantes, e sem perder tempo, o Palmeiras tenta substítuir os desfalques e remontar o time com grandes estrelas. Muller e Mancuso são os primeiros a chegar ao time, mas apesar da categoria dos novos contratados o Palmeiras não tem bons resultados. Os dirigentes não gostaram do que viram e a gota d'água para mais mudanças foi a derrota para o Corinthians na final do Campeonato Paulista. Pensando na temporada seguinte, o Palmeiras vai até Campinas para buscar duas estrelas do Guarani: Luisão e Djalminha. Logo depois chegaram Cafú e o técnico Vanderlei Luxemburgo, que estava voltando ao time.
O Verdão inicia o ano de 1996 querendo títulos, e o primeiro deles veio em janeiro, conquistando o Torneio de Verão de Fortaleza (Copa Euro-América). O Palmeiras arrasa o Borussia Dortmund da Alemanha por uma goleada de 6 a 1, e vai a final contra o Flamengo de Romário. Na decisão, o empate por 1 a 1 deu o título ao Palmeiras. O Palmeiras entra no Campeonato Paulista com grande disposição, e com facilidade, o time conquista o título com o recorde de marcar 102 gols em 30 jogos.
O fim de mais um ciclo (1997)[]
Com o fim de mais um ciclo de Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, a diretoria buscou a reposição em Telê Santana, mas o treinador enfrentava problemas de saúde e a recomendação era que ele suspendesse temporariamente as atividades. A saúde de Telê estava muito frágil e o Palmeiras foi comunicado pela família que o treinador estava se retirando definitivamente do futebol. Márcio Araújo foi efetivado como técnico. Mesmo com algumas boas goleadas, o futebol do time estava longe de ser o mesmo do ano anterior. Na semifinal da Copa do Brasil, o Palmeiras é eliminado pelo Flamengo. Uma derrota por 4 a 1 diante do São Paulo decretou a queda de Márcio Araújo como treinador do Palmeiras.

Luiz Felipe Scolari (Felipão), em 1997.
O plano inicial teve que ser modificado de forma drástica e a diretoria fez uma grande reformulação. Foram contratados Nénem, Pimentel, Alex, Euller e Oséas, além do retorno de Zinho. Para treinar este time repaginado, o Palmeiras contratou ninguém menos que Luiz Felipe Scolari, técnico tinha se destacado pelo Grêmio nos anos anteriores, principalmente em grandes partidas contra o time alviverde.
Copa do Brasil e Copa Mercosul (1998)[]
Mesmo sem conquistas, o Palmeiras chegou ao fim da temporada de 1997 como vice-campeão brasileiro e um trabalho que ainda poderia evoluir muito em 1998. No início do ano, chegaram do Grêmio Arce e Paulo Nunes, conhecidos do treinador. Do Internacional, veio Arílson. E do Juventude, veio o destaque do time, o meio-campista Lauro.

Time do Palmeiras levantando a taça da Copa do Brasil de 1998.
As rodadas iniciais da Copa não foram muito difíceis para o verdão, vencendo com facilidade os times de CSA e Ceará. A eliminação no Paulistão para o São Paulo fez o foco voltar totalmente na Copa do Brasil, que o Palmeiras jamais havia vencido. Nas quartas, o Palmeiras passou pelo Sport com uma certa facilidade, depois de vencer no Recife por 2 a 0 e empatar com vantagem na partida de volta. Nas semi-finais, o Palmeiras encarou o Santos em jogos muito disputados. Na ida, empate por 1 a 1. No jogo da volta, o alvinegro praiano abriu o placar, mas Óseas buscou o empate, o que levava a decisão para a disputa de penalidades.
Em um lance improvável, Darci colocou o Palmeiras na frente. Argel empatou para o Peixe no final do jogo, mas foi insuficiente para tirar a vaga nas finais do time alviverde. O adversário do Palmeiras na final era o Cruzeiro. No primeiro jogo, tinham mais de 60 mil pessoas acompanhando o jogo. Fábio Júnior marcou para o time mineiro e o verdão acabou perdendo o primeiro jogo. Paulo Nunes abriu o placar no segundo jogo, logo no começo, mas o Cruzeiro estava muito seguro na partida. A chuva forte dificultava o toque de bola, e o Palmeiras, embora muito superior em campo, não conseguia marcar o segundo e o jogo caminhava para os pênaltis.
Até que aos 44 do segundo tempo, Zinho marcou um gol improvável de falta e o jogo terminou com o placar de 2 a 0 para o verdão. O Palmeiras era campeão da Copa do Brasil pela primeira vez.
O Palmeiras ainda tinha a intenção de conquistar o campeonato nacional, porém o mesmo Cruzeiro que havia sido derrotado na final da Copa eliminou o time alviverde no Campeonato Brasileiro.
O calendário apertado entre as finais do campeonato nacional e da Mercosul colocaram o Cruzeiro em uma situação desconfortável. O primeiro jogo da final aconteceu em 16 de dezembro, com derrota do Palmeiras no Mineirão por 2 a 1. O time mineiro disputou a final do brasileiro alguns dias depois e acabou amargando um vice-campeonato.
No jogo de volta da Mercosul, o Palmeiras derrotou o time celeste por 3 a 1, levando a decisão para um terceiro jogo. O tão esperado dia de 29 de dezembro chegou, e diante de 30 mil pessoas no Palestra Itália, o Palmeiras se sagrou o primeiro campeão da Copa Mercosul, derrotando o Cruzeiro mais uma vez.
A américa é verde pela primeira vez (1999)[]
Os títulos no ano interior iniciaram, mais uma vez, a vontade de conquistar a Libertadores da América pela primeira vez. O Palmeiras havia deixado o título continental escapar em 1961 e 1968. No grupo do Palmeiras na Libertadores estavam Olímpia, Cerro Porteño e seu maior rival Corinthians. O verdão iniciou o torneio de forma tranquila, porém, acabou perdendo pontos importantes, e na última rodada teria que no mínimo empatar com o Cerro. 12 mil palmeirenses estavam presenciando a derrota do Palmeiras por 1 a 0, até que com gols de Júnior Baiano e Arce, virou o jogo e se classificou. Em abril, o time alviverde enfrentou o até então atual campeão da competição, Vasco da Gama. O primeiro jogo foi um empate por 1 a 1 em casa. Em São Januário, o Palmeiras venceu o time vascaíno por 4 a 2 e se classificou com gols de Alex, Paulo Nunes e Arce.

Marcos, após defender um pênalti contra o Corinthians.
Nas quartas, o Palmeiras iria enfrentar o seu maior rival, Corinthians. O verdão venceu o primeiro jogo por 2 a 0 no Morumbi, passando enorme confiança. Mas, o time alvinegro era muito bom, e conseguiu igualar o resultado no segundo jogo, levando a decisão aos pênaltis. Marcos, que se tornaria um dos maiores ídolos da história do Palmeiras, pegou dois pênaltis e o verdão estava classificado para as semifinais da Copa.
O adversário na semifinal era o River Plate, um time que já tinha vencido a Libertadores duas vezes. O Palmeiras venceu o primeiro jogo de forma apertada por um gol em solo argentino. No segundo jogo, o verdão se preparou para receber os argentinos em casa, e aos 18 minutos, o Palmeiras já estava vencendo o jogo por 2 gols. Alex desferiu o último golpe do Palmeiras contra o River. O verdão voltava a final da libertadores depois de 31 anos.

Time do Palmeiras levantando a taça da Libertadores pela primeira vez em sua história.
No dia 2 de junho, o Palmeiras foi até a Colômbia enfrentar o Deportivo Cali pelo primeiro jogo da final. O time acabou perdendo por 1 a 0, porém tudo ainda estava no controle de Felipão. O Palmeiras iria decidir o título continental dentro de sua casa, na presença de 32 mil pessoas. O jogo começou, e no final do primeiro tempo, os dois times ainda não haviam marcado nenhum gol. Aos 12 minutos da segunda etapa, o Palmeiras marcou um gol de pênalti. 5 minutos depois do gol palmeirense, Júnior Baiano acaba se atrapalhando e causa um pênalti a favor do time de Cali, que é logo convertido por Zapata. A sensação que todos os palmeirenses sentiam era de que mais uma vez, o Palmeiras iria acabar perdendo a Libertadores. Mas aos 30, Óseas deixa o Palmeiras na frente de novo. Evair acabou sendo expulso, e o Palmeiras iria decidir o título em mais uma disputa de pênaltis. Zinho errou na primeira cobrança. Os colombianos saiam na frente e o Palmeiras empatava. Bedoya quase acertou a cobrança que poderia dar o título ao Cali, mas a bola bateu na trave após desvio de Marcos, a bola ainda voltou raspando no goleiro palmeirense e por sorte ela não entrou. Euller acertou mais um para o Palmeiras, e o destino estava nos pés de Zapata, do Cali. Ele correu, chutou, e a bola foi a direita de Marcos para fora do gol.
O Palmeiras era campeão da Libertadores pela primeira vez em sua história, decidindo o título em um Parque Antártica lotado de torcedores alviverdes.
Torneio Rio-São Paulo e decisões continentais (2000)[]

Time palmeirense levantando a taça do Torneio Rio-São Paulo de 2000.
Após acabar perdendo os títulos da Copa Intercontinental e da Mercosul de 1999, o Palmeiras chegava ao ano de 2000 querendo conquistar a Libertadores mais uma vez, mas não seria nada fácil. Jogadores importantes acabaram deixando o clube, mas Felipão soube o que fazer e conseguiu substituir as peças importantes que o verdão tinha no ano anterior. No início de março, o Palmeiras foi campeão do Torneio Rio-São Paulo aplicando um histórico 4 a 0 no forte time do Vasco da Gama, equipe que iria enfrentar mais tarde em outra decisão no mesmo ano.
Na Libertadores, o Palmeiras aplicou goleadas memoráveis em casa, mas teve dificuldades em jogos fora de casa contra o Strongest. A classificação estava cada vez mais distante, mas veio após vitórias contra o El Nacional por 4 a 1 e um empate com o Juventude por 2 a 2. Nas oitavas, o Palmeiras passou pelo Peñarol nos pênaltis. Com ritmo de jogos frenético, o Palmeiras chegou as quartas e derrotou o Atlas. Nas semifinais, o Corinthians iria cruzar o caminho do verdão mais uma vez. O time alvinegro venceu o primeiro jogo por 4 a 3. No segundo jogo, o alviverde precisava vencer por um gol para fazer com que a decisão da disputa acontecesse nos pênaltis. Euller abre o placar para o Palmeiras, mas 7 minutos depois Luizão empata a partida para o Corinthians. Alex deixa o Palmeiras na frente de novo. Aos 26', o mesmo cobra uma falta para Galeano fazer mais um. A decisão seria nos pênaltis.
Todos estavam acertando as cobranças, o que quase causou uma briga entre os jogadores por causa das comemorações. Júnior converteu o quinto gol para o alviverde e Marcelinho Carioca, do Corinthians, foi em direção a bola. Se ele perdesse, a eliminação seria ainda mais especial para a torcida do Palmeiras. Ele correu, chutou e Marcos mais uma vez salvou o verdão. O Palmeiras estava pela quarta vez na história em uma final de Libertadores.
“ | Toma distância Marcelinho para a cobrança, ele bate muito bem.
Autorizado, foi pra bola, bateu… Defendeu Marcos! |
” |
— José Silverio, narrando o pênalti defendido por Marcos. |
O rival do Palmeiras na final era o poderoso Boca Juniors, que vivia uma fase brilhante. O primeiro jogo foi um empate por 2 a 2 na Bombonera. Na volta, mais um empate, dessa vez por 0 a 0. A tragédia já estava anunciada. O Boca acabou derrotando o time nas cobranças de pênaltis, e o Palmeiras acabou ficando com o vice-campeonato continental.
Campeão dos Campeões[]
Duas semanas depois, o Palmeiras foi disputar o título da Copa dos Campeões, e surpreendendo a todos, após derrotar Cruzeiro e Flamengo, o alviverde sagrou-se campeão dos campeões ao derrotar o Sport por 2 a 1, com gols de Asprilla e Alberto.
Vice-campeonato da Mercosul[]
Após um começo conturbado, o time comandado por Marco Aurélio avançou á final da Mercosul derrotando Cruzeiro e Atlético-MG. O adversário do Palmeiras na final do torneio era um poderoso time do Vasco, que provava ser um desafio. Uma vitória para cada lado levou a decisão do título para um jogo de desempate. O Verdão abriu 3 a 0 logo na primeira etapa, mas Romário e companhia estavam em uma noite brilhante, e o Vasco acabou derrotando o Palmeiras com uma virada histórica: 3 a 4.
Década de 2000[]
Os anos 2000 não começaram do jeito que os torcedores palestrinos imaginavam, mas mesmo tendo amargado o vice-campeonato da Libertadores e Mercosul, o Palmeiras acabou conquistando outros dois títulos importantes. Anos piores viriam junto com uma seca que só iria terminar 8 anos depois.
Queda e Retorno à Elite (2002 - 2003)[]
Mesmo tendo conquistado grandes títulos anos antes, o Palmeiras sucumbiu. O elenco ainda tinha alguns jogadores da vitoriosa década de '90, como Marcos, Arce e Alex. As derrotas ao longo da temporada fizeram com que Vanderlei Luxemburgo, treinador vitorioso do time de anos atrás, acabasse deixando o alviverde. A direção totalmente perdida do clube acabou tomando decisões que apenas aumentariam os problemas, como a contratação de Flávio Teixeira, o Murtosa, para dirigir uma verdadeira bomba á relógio.
Já treinado por Murtosa, o time sofreu goleadas vexatórias: 0 a 4 para o Atlético e 5 a 0 para o Paraná Clube. Após o fracasso, Flávio logo foi substituído por Levir Culpi. Mesmo sob novo comando, o Palmeiras não reagia. O rebaixamento, inimaginável para um time vencedor como o verdão, se tornava cada vez mais próximo. Após 12 rodadas, o Palmeiras ainda era o lanterna do campeonato, com apenas 7 pontos acumulados. Com mobilização da torcida, o Palmeiras finalmente voltou a vencer, derrotando o Paysandu por 1 a 0.
Tudo parecia estar voltando ao normal, porém o buraco em que o time entrou era grande. A campanha foi razoável, porém não foi eficiente. O empate na penúltima rodada ainda dava ao Palmeiras a chance de sobreviver com uma vitória no Barradão, contra o Vitória. Com 3 minutos de jogo, o time já estava perdendo o jogo, mas Flávio deixou tudo igual. Após um pênalti, o time baiano marcou mais um, aos 27 minutos. Nenê empatou o jogo para o Palmeiras aos 3 do segundo tempo, os torcedores mantinham a esperança viva. Infelizmente, o time se esgotou e acabou sofrendo mais um gol aos 37 minutos da segunda etapa. Um empate poderia salvar o Palmeiras, mas André Balada anotou mais um para o time nordestino.

Apoio da torcida palmeirense ao time em 2003.
O Palmeiras estava rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em toda sua história.
O desastre do rebaixamento para a Série B causou uma enorme limpa no elenco em 2003. Para reconstruir o alviverde, onze atletas reforçaram o time. A disputa da Série B começou e o Palmeiras, depois de algumas partidas ruins, voltou aos trilhos. Marcos, mesmo sendo o goleiro campeão mundial com a seleção brasileira do ano anterior, não abandonou o verdão, e se tornou ainda mais querido pela torcida. Com toques de bola rápidos, o verdão engoliu toda a segunda divisão. No campo, de forma limpa, e sem nenhuma virada de mesa (que eram comuns até então), o Palmeiras foi campeão da segunda divisão e voltou a jogar na elite do futebol brasileiro no ano seguinte.
A torcida que canta e vibra compareceu em peso para apoiar o time em um dos piores momentos de sua história.
A volta do campeão (2008)[]
O Palmeiras viveu anos apagados após voltar a elite, em 2004. O verdão tomou um grande susto em 2006, quando terminou o Campeonato Brasileiro na 16ª colocação, se salvando por pouco. Em 2007, mesmo já contando com Valdivia e com o veterano Edmundo (que ainda mostrava seu talento), o único motivo de comemoração dos palmeirenses foi a queda do Corinthians para a segunda divisão.
O Palmeiras iniciou o ano de 2008 com reforços. As contratações atraíram a volta de Vanderlei Luxemburgo, que faria sua quarta passagem pelo verdão. Houve uma demora para que o time começasse a fazer uma boa campanha no Campeonato Paulista, e o embalo definitivo veio em um Derby: 1 a 0, gol marcado pelo "Mago" - Valdivia, que fez a conhecida "comemoração do chororô" após o gol.

Valdivia, em 2008.
Depois da vitória no clássico, o Palmeiras fez uma grande campanha no campeonato, com direito a goleada no São Paulo por 4 a 1. Sete vitórias seguidas deixaram o time na segunda colocação da fase de classificação. Em vantagem para as semifinais, o adversário seria o mesmo São Paulo que havia sofrido uma goleada antes. O primeiro jogo terminou com vitória do tricolor paulista por 2 a 1. No jogo da volta, o Palmeiras reagiu. Com gols de Léo Lima e Valdivia, o Palmeiras venceu o jogo que teve a conhecida “polêmica do gás” e apagão das luzes no segundo tempo. O adversário do Palmeiras na final era a Ponte Preta.
No jogo de ida, o verdão ganhou o jogo em Campinas: 1 a 0, gol de Kleber. Na finalíssima, diante de 27 mil pessoas no Palestra Itália, a vitória alviverde veio com uma goleada por 5 a 0. Destaque da competição e do Palmeiras, Valdivia foi o melhor jogador do torneio.
O Palmeiras encerrou a seca vencendo o Paulistão pela 22° vez na história.
Um sonho que se tornou distante (2009)[]
Mesmo não fazendo uma grande temporada após o título estadual, o Palmeiras iniciou o ano de 2009 com moral por conta da conquista no ano interior. Com momentos altos e baixos, o time chegou até as quartas de finais da Libertadores, mas acabou sendo eliminado pelo Nacional-URU. O resultado acabou concretizando a demissão de Luxemburgo. O treinador escolhido para assumir o time era Muricy Ramalho, com o objetivo de manter o alviverde entre os 3 primeiros do Brasileirão. Muricy assumiu o time e o manteve na liderança.
Após uma grande vitória sobre o Santos na Vila Belmiro, na rodada 28, o Palmeiras abria cinco pontos de vantagem sobre o São Paulo e doze sobre o Flamengo, em sexto lugar. Mas, uma sequência de problemas iriam afetar o time. Um empate com o Avaí (2 a 2) e uma derrota frustrante contra o Naútico (3 a 0) desestabilizaram o emocional do time para um confronto contra o Flamengo, onde o time carioca venceu por 2 a 0.
Depois de um empate no Derby da rodada 33, o time iria jogar contra o Fluminense, muito ameaçado pelo rebaixamento. O Palmeiras abriu o placar com Obina, mas o árbitro Carlos Simon anulou o gol alegando um empurrão aparentemente inexistente. O episódio abalou o time para o resto do campeonato, que deixou o título escapar e ainda acabou ficando em quinto lugar na competição.
O trauma do Brasileirão perdido teria consequências graves nos anos seguintes.
Crise, Queda e Retorno (2010 - 2013)[]
No ano de 2010, o Palmeiras foi vítima de sua política desastrosa. O até então presidente Belluzzo, ainda doente, não conseguiu indicar o seu sucessor. Por conta disso, Mustafá Contursi ressurgiu e emplacou aquele que acreditava ser o "menos desesperado" para o Palmeiras: Arnaldo Tirone.

Marcos Assunção levantando a taça da Copa do Brasil de 2012 ao lado de seus companheiros.
Em 2011, o Palmeiras terminou o campeonato brasileiro sem nem ao menos ter chance de ir para a Libertadores do ano seguinte. Se não bastasse os fracassos, o alviverde teve que ver o seu maior rival ser campeão brasileiro e receber a triste notícia de que São Marcos, depois de 20 anos no clube, iria se aposentar em definitivo. O Palmeiras perdia o seu santo goleiro em meio a outras tristezas.
O ano de 2012 se iniciou e o Palmeiras mostrava uma melhora. Em julho, o time foi campeão da Copa do Brasil vencendo o Coritiba por um placar agregado de 3 a 1. O título foi um alívio para um time ferido, mas o Verdão ainda precisava se recuperar no campeonato nacional, onde fazia uma campanha desastrosa. O time não melhorou, e o Palmeiras foi matematicamente rebaixado quando empatou com o Flamengo na rodada 36.
O Palmeiras encerrou o ano caindo para a segunda divisão, enquanto o presidente Arnaldo Tirone tirava férias na praia.
A temporada 2013 começou e o Palmeiras fazia uma campanha razoável no Paulista, que infelizmente acabou com um dos maiores vexames da história do time: Uma derrota por 6 a 2 para o Mirassol. Na Libertadores, após um empate no México com o Tijuana, o time acabou derrotado no jogo da volta, em um erro fatal de Bruno, que caiu em desgraça no clube. As derrotas confirmaram que a realidade melancólica do Palmeiras naquele ano era voltar à elite nacional. Com algumas rodadas de antecedência, sem comemoração e com muita dignidade, o Palmeiras voltou a primeira divisão sendo campeão da Série B.
Ainda havia muito trabalho pela frente para reerguer o gigante adormecido que era o alviverde até então.
Centenário do Palmeiras (2014)[]
Após a volta à elite, o Palmeiras tinha a intenção de fazer uma grande temporada em 2014, que era o ano de seu centenário. A campanha na primeira fase do estadual foi muito boa, mas o time acabou tropeçando para o Ituano na semifinal.
A eliminação fez com que o alviverde focasse nas competições nacionais, mas logo no início da disputa, o Palmeiras levou um duro golpe: Alan Kardec deixou o time e foi contratado pelo rival São Paulo, em uma infeliz renovação de contrato. O episódio ganhou mais destaque após a fala do presidente tricolor, Carlos Miguel Aidar, que afirmou que o Palmeiras era um "clube que se apequenava" enquanto comia bananas como forma de provocação (O futuro diria quem é que estava se apequenando na realidade).
O Palmeiras ainda teria graves problemas na temporada com jogadores ficando indisponíveis: Valdivia, que já tinha uma fibrose na coxa, teve uma lesão mais séria que o tirou dos gramados por 4 meses. Uma derrota para o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil causou a demissão de Gilson Kleina, e o nome que o substítuiu de forma provisória foi Alberto Valentim. Vitórias dúvidosas seguidas por derrotas fizeram com que o Palmeiras contratasse um técnico em definivo, Ricardo Gareca era o escolhido.
A campanha de Gareca foi ruim e se tornou insustentável após as derrotas no Pacaembu para o Atlético, nas oitavas da Copa do Brasil e para o Inter, pela 18ª rodada do Brasileiro, que deixou o time na 16ª posição. Após 13 jogos, o argentino foi dispensado e Dorival Júnior foi contratado para o segundo turno, com a tarefa de livrar o time de mais um rebaixamento.

Jogadores do Palmeiras após o fim do jogo que salvou o time do rebaixamento.
Cinco derrotas deixaram o Palmeiras com apenas um ponto de vantagem para o Vitória, primeiro time na zona do rebaixamento. O time só dependia de si mesmo para se salvar de mais uma queda. Atlhetico-PR abriu o placar no Allianz, que só seria igualado por Henrique Dourado, de pênalti. O gol amenizou o drama, mas a situação ainda era complexa, já que qualquer gol do time baiano poderia mandar o alviverde para a segunda divisão. O Palmeiras não conseguiu vencer os paranaenses em casa, enquanto o jogo entre Vitória e Santos estava em seus minutos finais com um placar de 0 gols para cada lado. O alívio veio com um gol do Santos, de Thiago Ribeiro, nos acréscimos.
O Palmeiras terminou o ano de seu centenário na beira do abismo, mas conseguiu sobreviver.
O renascimento de um gigante (2015)[]
Com a nova arena e o crescimento do Sócio Avanti, o Palmeiras estava conseguindo se recuperar do centenário desastroso. O time passou a ter bilheterias impressionantes, e a arrecadação tornou-se ainda maior com o anúncio da nova patrocinadora, a Crefisa, que viu futuro naquele 'novo' Palmeiras. A recuperação financeira do Verdão permitiu com que o investimento em jogadores de peso fosse possível, e o símbolo dessa reviravolta foi a contratação de Dudu, que era um dos interesses do Coritnhians.
Os dirigentes ainda não sabiam, mas o "chápeu" do Palmeiras em cima de seu maior rival seria histórico, e Dudu se tornaria um dos maiores jogadores da história recente do time.
Para o lugar do técnico Dorival Junior, o Palmeiras contratou Oswaldo de Oliveira, experiente treinador. A campanha no estadual foi boa; O ponto alto do alviverde naquela fase do campeonato foi o gol de cobertura de Robinho em Rogério Ceni, no Choque-Rei que terminou em 3 a 0 para o Verdão. Com pequenas oscilações e ótimos jogos, o Palmeiras chegou até a final do Paulista, contra o Santos.
O título estadual em cima do time praiano significaria muito para uma rivalidade que completava 100 anos naquele ano. Mesmo com a vantagem do primeiro jogo, o Palmeiras acabou perdendo o título na Vila Belmiro, com direito a Ricardo Oliveira, jogador do time santista, ironizando a atuação do goleiro palmeirense, Fernando Prass. Mal sabia Ricardo que, o destino, tão impiedoso, não perdoaria sua atitude soberba.
Principais Títulos do Palmeiras[]
Os principais títulos do Palmeiras são (até o dia 07/04/2024): 26 Campeonatos Paulistas, 5 Torneios Rio-São Paulo, 12 Campeonatos Brasileiros, 4 Copas do Brasil, 1 Supercopa Rei, 1 Supercopa Rei, 1 Copa dos Campeões, 3 Copas Libertadores, 1 Copa Sul-Americana, 1 Recopa Sul-Americana, 1 Copa Mercosul e 1 Copa Rio. Aqui em baixo vemos todos os principais títulos do Palmeiras em ordem cronológica:
Títulos[]
Mundiais | ||
---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas |
Copa Rio Internacional | 1 | 1951 |
Continentais | ||
Competição | Títulos | Temporadas |
Copa Libertadores da América | 3 | 1999, 2020 e 2021 |
Copa Mercosul | 1 | 1998 |
Recopa Sul-Americana | 2 | 2022 |
Nacionais | ||
Competição | Títulos | Temporadas |
Campeonato Brasileiro | 12 | 1960, 1967(1), 1967(2), 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018, 2022 e 2023 |
Copa do Brasil | 4 | 1998, 2012, 2015 e 2020 |
Supercopa Rei | 1 | 2023 |
Copa dos Campeões | 1 | 2000 |
Campeonato Brasileiro - Série B | 2 | 2003 e 2013 |
Interestaduais | ||
Competição | Títulos | Temporadas |
Torneio Rio-São Paulo | 5 | 1933, 1951, 1965, 1993 e 2000 |
Estaduais | ||
Competição | Títulos | Temporadas |
Campeonato Paulista | 26 | 1920, 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996, 2008, 2020, 2022, 2023 e 2024 |
Campeonato Paulista Extra | 2 | 1926 e 1938 |